quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E quando a atividade lúdica perde sua essência?

Frequentemente temos percebido como a brincadeira vem perdendo seu espaço na infância, para dar lugar ao calar-se, a parar de movimentar-se, de exercitar sua criatividade. As escolas não têm valorizado as atividades culturais das crianças, visto que a brincadeira constitui-se em um sistema que integra a vida social destas, caracterizando-se como parte do seu patrimônio lúdico-cultural. Vale salientar ainda, que algumas instituições de ensino pouco exploram as atividades lúdicas e quando estas são realizadas não recebem o devido valor.
Tomamos como exemplo a forma pela qual a música vem sendo utilizada no espaço escolar. O professor utiliza este recurso como forma de controle e um modo de ditar o comportamento desejado para quietação das crianças. O ritmo da obediência é ditado através da harmonia e da cadência imposta pelo olhar e pelos gestos da professora. As atividades lúdicas vêm perdendo sua essência, uma vez que são realizadas de forma equivocada. O jogo e a brincadeira devem ser espontâneos e satisfatórios. À criança deve ser dado o direito de interferir, modificar as regras e padrões do jogo, a fim de torná-los prazerosos. Esta possibilidade de mudança deve ser fornecida pelo professor, que deve permitir que a criança sinta, perceba, analise e decida o que fazer do jogo. O jogo e a brincadeira têm fundamental importância para a criança, pois é por meio destas que elas descobrem o mundo, explora e relaciona-se com aqueles a sua volta, além de construir e trocar conhecimento através das experiências compartilhadas.





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